O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou nesta quinta-feira (26), por meio da ata de sua última reunião, quando os juros recuaram para 10,5% ao ano, que acumulam-se “evidências” da transmissão dos desenvolvimentos externos, ou seja, da crise financeira internacional, para a economia brasileira.

Neste caso, o Banco Central avalia que isso acontece por meio de “diversos canais”, como a redução da corrente de comércio e a “moderação” do fluxo de investimentos, além de “condições de crédito mais restritivas e piora no sentimento de consumidores e de empresários”.

Com isso, o Copom diz entender que os “efeitos da complexidade que cerca o ambiente internacional” se somam aos da “moderação da atividade doméstica, que se manifesta, por exemplo, no recuo das projeções para o crescimento da economia brasileira neste e no próximo ano”.

“Dito de outra forma, o processo de moderação em que se encontrava a economia brasileira foi potencializado pela fragilidade da economia global”, informou o Banco Central, por meio da ata da última reunião do Copom.

Até o momento, a autoridade monetária prevê uma taxa de crescimento do PIB da ordem de 3,5% para este ano. Essa previsão poderá ser alterada no próximo relatório de inflação, no fim de março. A estimativa de crescimento para 2013, do BC, será feita somente no fim deste ano.

O mercado financeiro, por sua vez, prevê um crescimento de 3,27% para 2012, valor abaixo dos 3,40% que estimava há um mês atrás. Para 2013, o mercado estima uma expansão de 4,25% para o PIB brasileiro.

Fonte: PEGN