Seicom conhece projetos e demandas de gestores regionais do Sebrae
Seicom conhece projetos e demandas de gestores regionais do Sebrae
30 de janeiro de 2012 Nenhum comentário em Seicom conhece projetos e demandas de gestores regionais do SebraeA convite do superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae-Pa.), Wilson Shubert, o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), David Leal; a secretária adjunta, Maria Amélia Enríquez, diretores e técnicos da Seicom participaram do encerramento do encontro de três dias de gestores das unidades regionais do Sebrae no estado, finalizado na última sexta-feira (27) em Belém.
O evento reuniu cerca de 80 técnicos, gerentes e assistentes, das 11 regionais do Sebrae-Pa, responsáveis por apoiarem e disseminarem ações de empreendimento nas áreas de agronegócio, indústria, comércio, mercado, educação, tecnologia e informação, segmentos que guardam estreitas interfaces com a missão da Seicom, daí o convite para o conhecimento e nivelamento dos gestores das instituições dos projetos em desenvolvimento para as micro e pequenas empresas do estado.
Entre as demandas de apoio sugeridas pelos gestores do Sebrae à Seicom, está a urgente regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, atualmente concluída em 74 município dos 134 do Estado do Pará, mas que ainda necessita ser implementada a fim de gerar benefícios aos setores locais da economia.
Um dos questionamentos feitos pelo titular da Seicom, David Leal, foi com referência as ações no Arquipélago do Marajó, pelo baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios daquela região, onde o Sebrae desenvolve atividades para impulsionar o beneficiamento do açaí, do queijo de búfala e comércio varejista.
De uma forma geral, o que mais preocupa os gestores regionais do Sebrae é a falta de capacitação técnica das pessoas responsáveis pelas empresas no interior do estado e, somado a este aspecto, a necessidade de mais apoio às atividades do setor oleiro-cerâmico, atualmente com 102 fábricas e a carpintaria naval, dois segmentos tradicionais no município de Abaetetuba.
Um dos problemas que os mestres carpinteiros e trabalhadores navais enfrentam é a dificuldade no suprimento da madeira usada na construção de pequenos barcos, ressaltou o gestor do Sebrae daquela região, devido à fiscalização dos órgãos ambientais.
Em relação às dificuldades das carpintarias navais já se estuda a viabilidade de instalação de um “Parque Aquaviário”, projeto que seria tocado num convênio entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Governo do Pará, com a participação da Companhia das Docas do Pará (CDP), que cederia uma área para erguer um centro de excelência, provavelmente no Município de Barcarena, o que ainda teria que ser definido.
Mas as dificuldades e desafios do setor naval no estado vão muito além de Abaetetuba, observaram técnicos do Sebrae, que mencionaram a necessidade do governo estadual olhar o fator de competitividade dos estaleiros de Icoaraci, ao lembrarem que “o governo de Pernambuco desonerou toda a cadeia de produção para beneficiar a indústria naval daquele estado, onde não se paga o Imposto de Circulação sobre Mercadoria e Serviços (ICMS), nesse setor.
Da região do Xingu vieram reivindicações para investimentos em mão de obra local qualificada que ajude na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM), em Altamira. Outra sugestão do Sebrae à Seicom é a efetivação dos “encadeamentos produtivos” naquele município do oeste paraense, capazes de agregar valor econômico à produção.
No final de mais um encontro entre o Sebrae e a Seicom, o secretário David Leal sugeriu “a assinatura de um Convênio de Cooperação Técnica e Financeira entre as duas instituições, onde as dificuldades, gargalos, sugestões e alternativas, lembradas durante esta reunião, possam servir de base ao documento que terá o objetivo de atender à essa realidade dos micro e pequenos empreendimentos do interior do estado em conjunto com o Sebrae”, insistiu.
Ao encerrar o primeiro encontro regional de gestores em 2012, o diretor Administrativo e Financeiro do Sebrae-Pa, Elias Pedrosa, fez questão de lembrar que pesquisas comprovam de “que quando há investimentos no setor de micro e pequenas empresas no país, há uma melhora do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no local dos empreendimentos”, finalizou.
Fonte: Agência Pará de Notícias.
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