Mobilização

Campanha alerta o consumidor sobre adulteração do produto no Estado

Com a instalação de 42 outdoors na Região Metropolitana de Belém e a distribuição de três mil adesivos, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustível, Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Pará (Sindicombustíveis – PA) lançou, ontem, campanha contra a adulteração de combustíveis. A ação vai durar até mês que vem. Hoje, o preço médio do litro do etanol é de R$ 2,255. Já o da gasolina está em R$ 2,720.

De acordo com os dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), relativos ao último semestre do ano passado, apenas quatro dos 206 postos de combustíveis pesquisados na Grande Belém apresentaram combustível fora do padrão exigido. No município de Santarém, contudo, 14 dos 49 postos avaliados vendiam o produto adulterado. Em todo o Pará, a ANP vistoriou 651 postos. Vinte e cinco deles comercializam combustíveis sem as especificações exigidas. A falha mais comum, encontrada em 18 estabelecimentos, foi a destilação inadequada do álcool.

O presidente do Sindicombustíveis-PA, Alírio Gonçalves, explica que o consumidor deve estar atento ao preço cobrado nos postos. “Se for muito mais barato que os valores médios cobrados é motivo para se desconfiar. Importante que o motorista observe ainda a bandeira da distribuidora e se as bombas de abastecimento estão lacradas”, enfatiza.

Ele reforça ainda que o aumento no valor do combustível é uma tendência a partir deste mês. “Não fizemos projeções e nem sabemos quais serão as políticas adotadas pelo governo federal para controlar os preços, mas estamos nos preparando para entrar no período de entressafra da cana-de-açúcar, que é matéria-prima do combustível. Os usineiros vão determinar os valores dependendo do volume de exportação. Quanto mais alto, menor será a oferta do produto no mercado interno. Portanto, os preços repassados ao consumidor serão maiores”, explicou o empresário.

Fonte: ORM