Produtores de Aurora do Pará se preparam para fornecer farinha para o Fome Zero

Produtores de Aurora do Pará se preparam para fornecer farinha para o Fome Zero

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Ainda neste semestre, cerca de 100 produtores de mandioca de Aurora do Pará, no nordeste do estado, devem começar a fornecer farinha para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e parte do Fome Zero, do governo federal. A previsão é que, por mês, mais de duas toneladas do alimento passem a compor refeições de asilos, hospitais, creches e abrigos públicos.

A ideia começou a se estruturar no fim de janeiro, quando o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) reuniu 80 agricultores familiares, que representam 10 comunidades, para propor estratégias que superem um dos piores gargalos da mandiocultura no município: a comercialização.

A principal proposta foi que, a princípio, a Federação das Cooperativas da Agricultura Familiar do Estado do Pará (Fecap) assuma o contrato com a Conab, repassando a produção dos agricultores, ao mesmo tempo em que, com o apoio da Emater, as famílias se organizem para constituir uma cooperativa.  “Porque, no nível de organização social em que os produtores se encontram, eles ainda não atendem aos requisitos exigidos pela Conab”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Antônio Corrêa.

Dessa primeira reunião, além do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), participaram o sindicato patronal, o secretário municipal de Agricultura, Leandro Santos, e representantes das empresas Tramontina, que desenvolve um projeto de apoio à agricultura familiar em Aurora, e Ouro Branco, de beneficiamento da mandioca.

De acordo com Corrêa, o plantio de mandioca é uma dos carros-chefes da agricultura familiar no município, que se destaca também pela pecuária de corte e de leite. Dados da Emater em Aurora indicam a existência de quase mil hectares de mandioca, cultivados por 300 famílias. Alguns dos outros desafios da cadeia, diz Corrêa, são a falta de mecanização, adubação e agroindustrialização. “Mas a venda do produto é o maior problema, porque os agricultores acabam dependendo de atravessadores, que oferecem uma negociação com lucro mínimo, que não chega a 5%”, conta.

Segundo ele, ainda, com um contrato com a Conab, o lucro dos produtores será o dobro. “Fora o mercado da merenda escolar, que também vai se abrir, com o impulso da diversificação das atividades: percebendo com a farinha o quão vantajoso é o processo, o agricultor vai se interessar por criar galinha, por fruticultura, entre outros, o que trará ganhos econômicos, sociais e ambientais para todos”, espera. Uma nova reunião, com lideranças de 15 comunidades, está marcada para o dia 14 de fevereiro, na comunidade Jabuti, a 24 km da sede do município. Na ocasião, a Emater esclarecerá dúvidas dos agricultores e debaterá a proposta da Fecaf.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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