Brasileiros estão preocupados com impacto da crise no bolso
Brasileiros estão preocupados com impacto da crise no bolso
23 de março de 2012 Nenhum comentário em Brasileiros estão preocupados com impacto da crise no bolsoA crise econômica internacional está afetando o otimismo dos brasileiros, e não só as empresas, que observam suas vendas diminuírem e deixam de investir. Para 42% dos consumidores, a turbulênica vai atingir de alguma maneira os seus bolsos. E 22% acreditam que as faíscas afetarão o orçamento de suas famílias, o que proporcionará redução de gastos. Segundo o estudo Observador 2012, divulgado ontem pela Cetelem BGN, 61% dos entrevistados têm alguma percepção sobre a existência de uma crise econômica. O recorte da pesquisa abrange 1.500 entrevistados espalhados por 70 cidades em nove regiões metropolitanas. A coleta ocorreu entre os dias 17 e 23 de dezembro.
A sensação de que a crise existe é mais acentuada entre as famílias das classe de consumo A e B, tendo em vista que 75% delas estão em alerta. Mas a classe C não fica atrás, já que 63% do total apresentam a mesma preocupação.
O administrador andreense Rodolfo Camacho disse que está preocupado. Para ele, a Europa não conseguirá financiar seus países que estão em má situação econômica e isso proporcionará escoamento de dinheiro investido no Brasil. “Isso afetará a economia nacional e, de alguma maneira, chegará até meu bolso”, avaliou.
ASCENSÃO – Enquanto o grupo de classes D e E perdeu 2,4 milhões de brasileiros, a classe C continua engordando, com acréscimo de 1,4 milhão de habitantes, e atingiu 103 milhões de pessoas em 2011, o suficiente para representar 54% da população. Em 2005, primeiro ano da pesquisa, a classe C representava fatia de 34%. A predominância era das classes D e E, que juntas garantiam 51%. De lá para cá, a classe C ganhou 41 milhões de pessoas e as duas inferiores perderam 47,7 milhões de consumidores.
As classes são definidas conforme o Critério Brasil, que atribui pontuação por posse de bens e grau de instrução para as famílias. A remuneração média entra como ponderação para definir a classe. Segundo o estudo, a renda média familiar das classes A e B estava em R$ 2.907, da C em R$ 1.450 e da E em R$ 792.
INVESTIMENTOS – A percepção de que a hora é de guardar dinheiro aumentou no ano passado em relação a 2010. Em 2011, a média aplicada em modalidades de investimentos financeiros era de R$ 635, contra R$ 528 registrados no ano anterior.
Ao mesmo tempo, a intenção de compra por meio de crédito, parcelando o pagamento, continua alta em relação à liquidação à vista para itens de maior valor agregado. Cerca de 74% dos brasileiros preferem pagar os eletrodomésticos por financiamentos, 76% têm a mesma opinião para aquisição de móveis e 80% para adquirir um computador.
A funcionária pública diademense Taísa Santana, 25 anos, somente após fazer contas para ver se as prestações cabiam no orçamento comprou um notebook parcelado em seis vezes. “A maioria dos produtos e serviços que compro é à vista. Agora devo apenas duas prestações de R$ 100 do GPS que comprei parcelado”, diz.
SERVIÇOS – A falta de oferta de domésticas no mercado de trabalho refletiu no gasto médio das famílias com esse serviço. Conforme a pesquisa, as despesas subiram, entre 2010 e 2011, de R$ 232 para R$ 300.
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