O estado do Pará receberá R$ 130 bilhões em novos investimentos até 2016 e deverá gerar mais de 160 mil novas vagas de trabalho. A informação está contida no guia Pará Investimentos 2012-2016 lançado ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) em evento que contou com a participação de presidentes de entidades de classe, empresários e representantes políticos.

O levantamento e mapeamento dos novos investimentos foram desenvolvidos pela Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará – Redes, antigo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores da FIEPA, que aproveitou a ocasião do lançamento para apresentar a sua nova marca.

De acordo com o presidente da federação, José Conrado Santos, apesar de a economia mundial gerar um cenário de incertezas, o estado do Pará vem recebendo maior atenção dos investidores nacionais e internacionais, que estão aplicando recursos na ampliação, diversificação e modernização da produção do estado. “Considerando o curto período em que se darão estes investimentos (de 2012 a 2016), me arrisco em dizer que este é o maior volume de recursos já registrados pelo estado em toda a sua história”.

Os novos investimentos, provenientes em 100% da iniciativa privada, serão injetados em todas as regiões do estado. Dos R$ 130 bilhões, a região de Carajás – onde se concentram grande parte dos projetos minerais – deverá ficar com 53% desse total. Já a região do Tapajós, onde será construída a hidrelétrica de Belo Monte, receberá 23% dos investimentos e a região da Grande Belém, onde se destacam os projetos de ampliação nas plantas industriais de Barcarena e do Porto de Vila do Conde, ficará com os outros 24%.

Além do mapeamento dos recursos, a publicação da FIEPA apresenta os efeitos gerados pelos novos investimentos na economia paraense. A demanda por mão de obra qualificada, que já se apresenta como um gargalo para o aumento da produtividade no estado, deverá aumentar. “Além do que já vem sendo feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) no sentido de suprir essa demanda, precisamos de um maior reforço por parte dos governos para que a contratação se dê aqui mesmo em nosso estado e, dessa forma, possamos internalizar os investimentos”, enfatizou Conrado.

Segundo o coordenador da Redes, Luiz Pinto, o programa para a qualificação de fornecedores já conseguiu algumas vitórias no que tange a internalização dos investimentos. “Consideramos nossa principal conquista a elevação, de forma expressiva, do volume de compras no Pará. Em 2000, do total de compras dos grandes projetos, apenas 19% eram de empresas paraenses. No ano passado, este número aumentou para 47%, resultando numa elevação de 161%”, frisou.

Representando o governador Simão Jatene na cerimônia de lançamento da publicação sobre os novos investimentos, o secretário especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção do Estado, Sidney Rosa, ressaltou que o “Pará vive um momento auspicioso para o desenvolvimento da atividade produtiva e crescimento econômico” e citou como exemplos deste bom momento a verticalização dos minérios, a conclusão das eclusas e a expansão da planta de biocombustível do Pará.

Fonte: Fiepa