Prorrogação da redução do IPI agrada consumidores
Prorrogação da redução do IPI agrada consumidores
28 de março de 2012 Nenhum comentário em Prorrogação da redução do IPI agrada consumidoresA busca pela melhor máquina de lavar passa por vários aspectos. Além da funcionalidade, da capacidade e do consumo de energia, para a dona de casa Joana dos Santos, o preço é fundamental. Dentre os valores descritos nas etiquetas de cada produto, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), iniciado em dezembro do ano passado e estendido pelo governo até o dia 30 de junho deste ano, faz diferença. “O preço está melhor com essa redução. Agora (o preço) ficou mais ou menos”.
Além da chamada linha branca – que inclui fogões, geladeiras e lavadoras-, o governo também resolveu incluir produtos como móveis e alguns itens de decoração na medida, que objetiva a diminuição da parcela do imposto que incide sobre eles. A notícia animou a aposentada Maria José Nunes, que procura por um sofá novo. “Veio em boa hora”.
Apesar de a medida já estar em vigor desde a última segunda-feira, a aposentada ainda tem dificuldades para observar a diminuição concreta dos preços. “Fui em duas lojas e não senti muita diferença. Estavam caros (os móveis). Essa é a terceira loja que estou, mas acho que essa redução é boa porque vai aumentar o consumo”.
Diferente da opinião da consumidora, o aumento nas vendas não é esperado pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas). De acordo com o vice-presidente, Joy Colares, a expectativa é de que seja mantido o mesmo volume de vendas observado quando a medida entrou em vigor, há quatro meses. “Não esperamos que aumente, mas que o fluxo de vendas seja mantido. Percebemos um aumento de 12% a 13% nas vendas quando o imposto foi reduzido”.
Para o economista Mauricio Leal, os benefícios com a medida vão além dos direcionados aos consumidores. “A redução do IPI para linha branca elevou as vendas em 23% nos três primeiros meses de 2012 e a manutenção dessa tendência é importante, inclusive para a manutenção dos empregos em um momento de recessão mundial”.
As indústrias beneficiadas com a redução ou isenção do IPI se lançam agora em outra batalha: manter esse corte tributário para sempre. A indústria de transformação tenta convencer o governo a dar isenção a outros segmentos. “Nossa briga agora é manter a desoneração a partir de junho e fazer com que os nossos fornecedores também sejam desonerados”, afirma José Luiz Fernandez, presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel).
A cadeia moveleira está otimista em relação às vendas dos próximos 90 dias. A previsão é que cresçam entre 8% e 10%, o que pode reverter a letargia do setor no primeiro trimestre. (Diário do Pará)
Fonte: Diário do Pará
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