Sem retração, serviços de tecnologia avançam no país e alavancam PIB

Sem retração, serviços de tecnologia avançam no país e alavancam PIB

Nenhum comentário em Sem retração, serviços de tecnologia avançam no país e alavancam PIB

De acordo com os números de crescimento do setor e de déficit de mão de obra especializada na área, Rodrigues acertou em cheio. Dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (6) mostram que o segmento de serviços de informação avançou 4,9% em 2011, acima da alta do PIB do país, que ficou em 2,7%, e à frente de atividades de maior destaque nos últimos anos, como construção civil (3,6%), indústria da transformação (0,1%) e comércio (3,4%). Em 2010, o setor tinha avançado 3,8%. Em 2009, quando o PIB nacional teve variação negativa, serviços de informação registraram crescimento superior a 4%.

Os serviços de informação englobam as atividades de telecomunicações, internet, serviços audiovisuais, edição e tecnologia da informação, que responde pela maioria das empresas do setor e por cerca de 50% da mão de obra empregada.

Os serviços relacionados à tecnologia de informação vêm ganhando uma participação cada vez maior na economia do país e as perspectivas para quem investe em uma carreira na área seguem promissoras. Atualmente, são cerca de 1,2 milhão de trabalhadores na área, cujo salário médio é de R$ 2.950, e o déficit de profissionais no mercado é estimado em 115 mil pessoas.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), o mercado de TI cresceu 61% nos últimos 3 anos. Em 2011, o setor movimentou US$ 96 bilhões, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, representando 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Considerando também o mercado de telecomunicações, o total em 2011 chegou a US$ 190 bilhões, ou o equivalente a 8% do PIB.

O avanço do mercado de TI reflete a procura por ganhos de eficiência e busca por estruturas administrativas mais enxutas mediante terceirização de serviços e incorporação de soluções de tecnologia por praticamente todos os setores da economia, seja agropecuária, indústria ou comércio. Para 2012, o setor projeta crescimento de 12% a 13%.

“Um dos diferenciais do setor é que não há retração. A curva de TI é ligeiramente independente do crescimento econômico do país”, diz Antonio Gil, presidente da Brasscom. Ele destaca que os serviços de tecnologia são demandados tanto em projetos de expansão dos investimentos e inovação como de redução de custos e ganhos de escala.

“Nos últimos anos, tivemos a ascensão de mais de 40 milhões de pessoas para a classe C, um universo de consumidores emergentes que, além de eletrodomésticos, querem saúde, educação, bancarização e segurança, e não há como aumentar a oferta desses serviços sem fazer uso de TI”, acrescenta Gil.

TI pode ter 6,5% do PIB em 2022
O volume de US$ 96 bilhões faz do Brasil o sexto maior mercado de TI do mundo, segundo a Brasscom. A entidade prevê que, em 10 anos, o mercado brasileiro chegará a R$ 220 bilhões, o que pode corresponder a 6,5% do PIB.

“Podemos ser o quarto ou quinto maior mercado. O setor de TI brasileiro é um dos mais sofisticados do mundo. Somos bons no que fazemos. Nosso sistema bancário é um dos mais avançados do mundo e temos uma série de áreas que ainda não são atendidas efetivamente, como saúde, educação e segurança”, afirma Gil.

Dados do IBGE mostram que, entre 2003 e 2009, o número de empresas de serviços de informação saltou de 55 mil para 70 mil. Segundo a Confederação Nacional de Serviços (CNS), o setor responde por apenas 7,7% do total das empresas de serviços privados especializados. Por outro lado, o segmento responde pela maior fatia de faturamento líquido (28,8%), com uma receita média por empresa cerca de quatro vezes maior do que o nível de faturamento das outras empresas de serviços.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), só o mercado de desenvolvimento, produção e distribuição de software e de prestação de serviços é explorado atualmente por cerca de 9 mil companhias, sendo 85% delas micro ou pequenas empresas.

O custo de investimento para a abertura de uma empresa do gênero é relativamente baixo, basicamente pessoal e treinamento, o que estimula o empreendedorismo.

“O aumento da renda das famílias tem feito crescer a demanda por serviços voltados para o mercado interno. O setor é o maior empregador do país e o que mais cresce. Para 2012, estamos prevendo uma alta em torno de 5%”, diz Luigi Nesse, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), destacando que todas as atividades relacionadas a serviços (incluindo o comércio) respondem atualmente por 67% do PIB e tendem a representar mais de 70% do PIB em um prazo de até 5 anos.

“Na área de tecnologia, a grande vantagem é que diariamente surge uma nova oportunidade para empreender, seja na criação de um portal, um software, um sistema de informação, um aplicativo. E, na maioria dos casos, para começar basta uma ideia e conseguir juntar uma meia dúzia de profissionais”.

Fonte: G1

Leave a comment

Entre em contato.

Estaremos pronto para atende-lo.

Avenida Pedro Alvares Cabral, n° 2425 - Telegrafo - Belém/PA

(91) 98193-0740

tavares.carlos@www.ctassessoriacontabil.com.br

Back to Top