O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de aprovar um empréstimo de R$ 1,5 bilhão para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), do Sistema Federação das Indústrias. O financiamento, corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1,4% ao ano, será amortizado em 12 anos.

Com o crédito do BNDES e mais R$ 400 milhões de recursos próprios, o SENAI ampliará sua atuação em todo o país. No total, será investido R$ 1,9 bilhão na construção de 53 centros de formação profissional, na compra de 79 unidades móveis e na reforma de escolas. Além disso, serão instalados 23 institutos de inovação e 38 institutos de tecnologia, que darão apoio à indústria.

No Pará, serão investidos R$ 45 milhões na revitalização e expansão de duas unidades operacionais de Belém, o Centro de Desenvolvimento da Amazônia (CEDAM) e o Centro de Educação Profissional Getúlio Vargas, além da aquisição de mais duas unidades móveis de Soldagem e Alimentos e a criação do primeiro Instituto Senai de Inovação em Tecnologias de Minerais do Brasil, instalado na capital paraense.

A ampliação e a modernização das instalações aumentarão a capacidade do SENAI de oferecer cursos para formação profissional e soluções tecnológicas para as indústrias. O objetivo do SENAI, um dos principais parceiros do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, é dobrar em dois anos o número de matrículas de educação profissional. Em 2011, a instituição registrou 2,4 milhões de matrículas. A meta é alcançar 4 milhões de matrículas ao ano em 2014.

Segundo o diretor regional do Senai/Pa, Gerson Peres, o Estado paraense terá significante participação na expansão das matrículas, passando de 45mil em 2011 para 110 mil em 2014. “Os investimentos, principalmente do Instituto Senai de Inovação em Tecnologia de Minerais, terão efeito direto na melhoria da produtividade e na promoção de novas tecnologias”.  E a inovação, acrescentou, é fundamental na conquista de vantagens como a diferenciação de produtos, incorporação de funcionalidades e até mesmo a concepção de novos produtos e modelos de negócios.

Para diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, o SENAI funcionará como um trampolim para a competitividade da indústria brasileira na capacitação da força de trabalho e na agenda de tecnologia e de inovação. Segundo ele, a qualificação de pessoas e a inovação são decisivas para a indústria agregar valor à produção e ganhar competitividade.

Fonte: Senai