Copom repete movimento de março e reduz Selic para 9% ao ano
Copom repete movimento de março e reduz Selic para 9% ao ano
19 de abril de 2012 Nenhum comentário em Copom repete movimento de março e reduz Selic para 9% ao anoComo era amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu reduzir a taxa básica de juros para 9% ao ano, um recuo de 0,75 ponto percentual, repetindo o movimento da reunião de março. Esta foi a terceira reunião do Copom este ano e marca a sexta queda consecutivo da Selic.
Veja nota na íntegra: “O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária.
Diante disso, dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 9,00% a.a., sem viés”.
Em janeiro, na primeira reunião do colegiado em 2012, o Comitê reduziu a taxa básica de juros em 0,50 p.p, a 10,50% ao ano. Em março, no segundo encontro do ano, o Copom optou por reduzir em 0,75 p.p a taxa básica de juros, para 9,75% ao ano.
A taxa Selic é o instrumento mais usado pelo BC para controlar a demanda por bens e serviços e, por consequência, a inflação. O Copom reúne-se a cada 45 dias para definir a taxa. Os sinais analisados na hora de definir a Selic são os dados sobre a expansão da economia, a situação externa e os índices de inflação.
Quando a economia está aquecida, os consumidores têm dinheiro para gastar. Assim, a procura por bens e serviços aumenta e há dificuldade da indústria, do comércio e do setor de serviços de suprir os consumidores na mesma proporção do aumento da demanda. Com isso, a tendência é de que os preços aumentem. O Copom, então, eleva os juros para estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda.
Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão. A meta tem como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Para 2011, a meta de inflação é de 4,5%, com limite inferior de 2,5% e superior de 6,5% (dois pontos percentuais para cima ou para baixo). O BC tem que atuar para que a inflação anual fique em torno do centro da meta. A expectativa dos economistas ouvidos pelo BC no último Boletim Focus é de que o IPCA encerre este ano em 6,49%.
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