O senador Demóstenes Torres vai apresentar explicações para o Democratas a respeito das gravações telefônicas feitas pelas Polícia Federal, em que ele tenta beneficiar o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que está preso por acusação de envolvimento em esquema ilegal de jogo.

Segundo o líder do DEM na Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto, o prazo para que o senador apresente suas justificativas termina da noite desta segunda. A pena é abertura de processo para expulsão na legenda.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já defende que a renúncia de Demóstenes deve ser imediata.

Segundo denúncias, o senador usou instituições públicas para beneficiar Cachoeira, que estava à frente de um esquema ilegal de jogo e foi detido na Operação Monte Carlo.

Escutas telefônicas divulgadas pela mídia, no último sábado, comprovam que Torres atuou junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Infraero e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O advogado do senador, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra as investigações solicitadas pela Procuradoria Geral da República.

As falas de Torres, que tem foro privilegiado, só poderiam ser gravadas mediante aprovação do STF, do contrário, o ato seria inconstitucional.

Segundo a revista “Época”, o senador pediu apoio de Cachoeira a uma agência de publicidade de um amigo para firmar contratos em Mato Grosso para a Copa do Mundo. Gravada, a conversa teria acontecido no dia 11 de abril de 2011. Os dois se falariam por meio de um rádio habilitado nos EUA.

Demóstenes Torres diz se comunicar com o contraventor, mas a relação seria apenas trivial. Ele admite ter recebido de presente de casamento uma geladeira e um fogão importados de Cachoeira.

fonte: Monitor Mercantil

Com informações do www.srzd.com