Tesouro Nacional anuncia abertura de captação externa em reais

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A Secretaria do Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira (17) a abertura de uma captação externa, por meio de lançamento de títulos no mercado internacional, denominada em reais. Os papéis a serem emitidos terão vencimento em 2024. O resultado da operação poderá ser anunciado ainda nesta terça.

Ao mesmo tempo, o governo também informou que vai recomprar papéis da dívida externa brasileira com vencimentos em 2016 e 2022, também em reais. O operação de compra, porém, ocorrerá entre os dias 18 e 20 deste mês, acrescentou o Tesouro Nacional. “O objetivo da operação é adequar o perfil de maturação e melhorar a liquidez dos títulos denominados em reais”, explicou o governo em comunicado à imprensa.

Captação em reais
A última vez que o Tesouro Nacional havia lançado títulos da dívida externa denominados em reais foi em outubro de 2010. Naquele momento, foram emitidos R$ 1,1 bilhão no mercado externo. A taxa de juros paga ficou em 8,85% ao ano e os papéis vencem em 2028.

Uma nova operação, entretanto, já era esperada por analistas do mercado financeiro, uma vez que o próprio secretário do Tesouro, Arno Augustin, já havia informado que seria feita uma captação externa, e que ela poderia ser em reais.

Ao emitir papéis em reais no exterior, o Tesouro poderá suprir uma demanda por ativos brasileiros de investidores internacionais, suavizando, assim, o eventual ingresso de dólares no país

“Vamos ter emissão externa nas próximas semanas. Em que moeda, ainda estamos avaliando. Poderá ser em real, mas ainda não temos definição. Continuaremos com a estratégia de redução de juros e melhoria da nossa curva. A ‘guerra cambial’ ajuda emissões em reais porque permite direcionar este tipo de investidor para poder participar da emissão no exterior”, declarou Augustin no início de março.

Ao emitir papéis em reais no exterior, o Tesouro Nacional poderá suprir uma demanda por ativos brasileiros de investidores internacionais, suavizando, assim, o eventual ingresso de dólares no país – fator que gera queda do dólar, aumento dos preços das exportações e barateamento das compras do exterior.

Na data do resgate, por ser uma emissão em reais, os detentores recebem, em dólar, mas o equivalente ao emitido em moeda nacional no momento da captação. Com isso, o chamado “risco cambial” do governo é eliminado. Se o real se desvalorizar no período, a dívida brasileira não aumenta.

Captações externas
A emissão de títulos da dívida pública no mercado externo é uma maneira de o país captar recursos. As operações também servem de referência para o setor privado em termos de demanda e taxas de juros.

Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional.

A última captação externa do governo brasileiro aconteceu no início deste ano, quando foram emitidos US$ 825 milhões nos mercados norte-americano, europeu e asiático. Na ocasião, oTesouro obteve os menores juros da história (3,44% ao ano) para este tipo de operação.

Logo após a operação do governo no início do ano, por exemplo, várias empresas, como Vale,ItaúBanco do BrasilBradesco, CSN e Braskem, entre outras, também anunciaram captações de recursos no exterior.

Fonte: G1

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