Produção industrial cai em janeiro, indica CNI
Produção industrial cai em janeiro, indica CNI
28 de fevereiro de 2012 Nenhum comentário em Produção industrial cai em janeiro, indica CNIA produção industrial voltou a se retrair no primeiro mês de 2012, registrando 45 pontos e mantendo a tendência de queda iniciada em setembro passado. A utilização da capacidade instalada (UCI), com 41,7 pontos, atingiu o menor patamar desde 2009. A informação é da Sondagem Industrial de janeiro, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 24 de fevereiro. Os indicadores variam de zero a cem. Valores acima de 50 indicam aumento na atividade, no emprego, acúmulo de estoques indesejados e UCI acima do usual.
O número de empregados é outro indicador que recuou, para o nível de 47,1 pontos. Apesar da atividade industrial mais fraca, o volume de estoques indesejados se manteve praticamente inalterado. O índice de evolução de estoques atingiu 52,7 pontos em janeiro, demonstrando que as empresas estão com dificuldades para reduzir a quantidade de mercadorias armazenadas para venda.
O gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, diz que a Sondagem Industrial de janeiro confirma o desaquecimento da indústria. “Estamos no momento mais fraco da produção industrial”, atesta.
Assinala que, embora a tendência seja de crescimento no decorrer do semestre, provavelmente a recuperação da produção irá demorar, mesmo que as vendas venham a crescer, porque os estoques estão elevados. “A indústria vai ter de reduzir a produção ainda mais para poder fazer cair o estoque. Só após a diminuição dos estoques acima do planejado, poderá, então, voltar a um ritmo de produção mais acelerado”, prevê Fonseca.
MAIOR OTIMISMO – A retração da atividade industrial desde setembro não influenciou as expectativas dos empresários para os próximos seis meses, que são positivas. O índice ficou em 59,3 pontos em fevereiro, acima dos 56,2 pontos do mês passado. “O crescimento do otimismo é influenciado pela sazonalidade da demanda por produtos industriais, que historicamente se intensifica no decorrer do primeiro semestre do ano”, destaca a Sondagem.
Os demais índices de expectativas – compras de matérias-primas, número de empregados e quantidade exportada – também subiram, se afastando ainda mais da linha dos 50 pontos e reforçando a perspectiva otimista dos empresários para os próximos seis meses. Em relação às compras de matérias-primas, o indicador registrou 56,4 pontos. As previsões sobre o número de empregados atingiram 52,2 pontos, enquanto a perspectiva de evolução do volume exportado chegou a 51,9 pontos.
“Geralmente no início do ano as pessoas estão mais otimistas”, sublinha o gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI. Acrescenta que, além disso, contribuiu também para o otimismo dos empresários da indústria o retorno da política governamental de estímulo à demanda doméstica.
A Sondagem Industrial foi realizada entre os dias 1º e 14 de fevereiro com 1.756 empresas, das quais 630 de pequeno porte, 663 médias e 463 grandes.
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